A humanidade vive um vazio de produção de conhecimentos verdadeiramente significativos para a felicidade do ser humano. Por um lado, vive-se uma intensa crise nas áreas da Educação, do pensamento filosófico, enfim, do conjunto das Ciências Sociais. Esta crise é fruto dos conflitos e das contradições, oriundas da crise mundial do modo de produção capitalista. As ciências, como fruto das atividades humanas, são passíveis de acertos, erros e ilusões. Como fruto do exercício intelectual do ser humano, não pode ser eterna, definitiva, absoluta.
Se por um lado a sociedade capitalista preconiza um discurso desenvolvimentista, em função de manter acesa a chama da mais-valia, por outro o ser humano se encontra, cada vez mais solitário, em busca de um novo modelo de sociedade que resgate a essência de sua existência. A globalização liberal-conservadora (ou neoliberal, como preferem alguns) leva o planeta à degradação quase sem retorno e, ao mesmo tempo, leva a humanidade à degradação política, econômica, social e cultural.
Os grupos detentores do poder político e econômico procuram orientar a produção do conhecimento segundo seus interesses. Eles não desejam discutir o saber, na perspectiva de uma relação harmônica homem-natureza, contrária à idéia de “desenvolvimento a qualquer custo” que defendem.
Esta caracterização é oriunda do pensamento liberal, o qual construiu sobre as bases do racionalismo e do método cartesiano a configuração do atual modelo econômico e educacional. Este modelo vem se apropriando, cada dia mais, deste discurso “igualitário”, que analisa o “sujeito” (o homem) e o “objeto” (a natureza), como coisas que podem ser moldadas e trabalhadas segundo os padrões da técnica e do cientificismo.
Dessa forma, o processo histórico de construção do conhecimento é permeado por uma gama de fatores que camuflam, disfarçam, dissimulam o discurso que determina a essência desses conhecimentos. Nesse sentido, o conhecimento está, intrinsecamente, ligado ao poder político e econômico que emana das elites, que ditam os destinos da humanidade em cada período da história da civilização humana.
É dentro deste contexto que se pretende construir o Núcleo de Estudos em Educação, Filosofia e Ciências Sociais do Triângulo Mineiro (NEEFICS). O objetivo deste núcleo é renovar a produção do conhecimento nas áreas de Ciências Humanas em geral, por intermédio de debates de obras e textos, visando resgatar a essência do pensamento humano, resgatando a razão de ser da existência humana. Como os princípios do núcleo têm por base a ampla liberdade de discussão, ele se constitui numa associação voluntária de interessados na área das Ciências Humanas.
Diante destas considerações, conclamamos a todos os interessados nos estudos deste vasto, complexo e privilegiado campo de investigação do conhecimento, a cerrar fileiras conosco para, juntos, enfrentarmos esse grande desafio: fazer o contraponto à irracionalidade deste modelo de desenvolvimento econômico, resgatando a dignidade da existência humana, por intermédio da produção literária, sociológica e filosófica.
Uberaba/MG/BR, 17 de janeiro de 2009.
Núcleo Fundador do NEEFICS.
Se por um lado a sociedade capitalista preconiza um discurso desenvolvimentista, em função de manter acesa a chama da mais-valia, por outro o ser humano se encontra, cada vez mais solitário, em busca de um novo modelo de sociedade que resgate a essência de sua existência. A globalização liberal-conservadora (ou neoliberal, como preferem alguns) leva o planeta à degradação quase sem retorno e, ao mesmo tempo, leva a humanidade à degradação política, econômica, social e cultural.
Os grupos detentores do poder político e econômico procuram orientar a produção do conhecimento segundo seus interesses. Eles não desejam discutir o saber, na perspectiva de uma relação harmônica homem-natureza, contrária à idéia de “desenvolvimento a qualquer custo” que defendem.
Esta caracterização é oriunda do pensamento liberal, o qual construiu sobre as bases do racionalismo e do método cartesiano a configuração do atual modelo econômico e educacional. Este modelo vem se apropriando, cada dia mais, deste discurso “igualitário”, que analisa o “sujeito” (o homem) e o “objeto” (a natureza), como coisas que podem ser moldadas e trabalhadas segundo os padrões da técnica e do cientificismo.
Dessa forma, o processo histórico de construção do conhecimento é permeado por uma gama de fatores que camuflam, disfarçam, dissimulam o discurso que determina a essência desses conhecimentos. Nesse sentido, o conhecimento está, intrinsecamente, ligado ao poder político e econômico que emana das elites, que ditam os destinos da humanidade em cada período da história da civilização humana.
É dentro deste contexto que se pretende construir o Núcleo de Estudos em Educação, Filosofia e Ciências Sociais do Triângulo Mineiro (NEEFICS). O objetivo deste núcleo é renovar a produção do conhecimento nas áreas de Ciências Humanas em geral, por intermédio de debates de obras e textos, visando resgatar a essência do pensamento humano, resgatando a razão de ser da existência humana. Como os princípios do núcleo têm por base a ampla liberdade de discussão, ele se constitui numa associação voluntária de interessados na área das Ciências Humanas.
Diante destas considerações, conclamamos a todos os interessados nos estudos deste vasto, complexo e privilegiado campo de investigação do conhecimento, a cerrar fileiras conosco para, juntos, enfrentarmos esse grande desafio: fazer o contraponto à irracionalidade deste modelo de desenvolvimento econômico, resgatando a dignidade da existência humana, por intermédio da produção literária, sociológica e filosófica.
Uberaba/MG/BR, 17 de janeiro de 2009.
Núcleo Fundador do NEEFICS.
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