Por Valter Machado da Fonseca
Não faz tanto tempo, as pessoas costumavam sentar-se à tardinha no passeio de suas casas para um dedo de prosa, para falarem do dia a dia, ou, simplesmente, para curtirem um momento com a família ou com os amigos. Hoje, essas cenas, corriqueiras há alguns anos atrás, nem são cogitadas. Corre-se o risco de serem atropeladas, assaltadas, ou até mesmo assassinadas. Não faz tanto tempo, as crianças soltavam pipas nos lugares apropriados, brincavam de esconde-esconde, de amarelinha, de pique, dentre outras brincadeiras saudáveis. Elas corriam livres atrás de uma bola, sem se preocuparem com os problemas dos adultos. Hoje, elas ficam trancafiadas em seus quartos à frente de um computador, se relacionado, virtualmente, com pessoas irreais em espaços virtuais.
Não faz tanto tempo, crianças e adultos saíam juntos aos domingos para um piquenique, uma pescaria, ou simplesmente pelo puro prazer de passear, de curtir o bairro, a comunidade, a natureza. Hoje, os filhos saírem com os país é caretice. O mundo das crianças não pode ser compartilhado com os adultos. E aí, justifica-se: o mundo mudou, são os tempos modernos, é preciso se adaptar aos novos tempos. Não faz tanto tempo, o domingo era dia de curtir a vida, a família, os amigos, de colocar a prosa em dia, viajar para descansar o corpo e a mente. Hoje, o domingo é dia de ficar em frente à TV [desprovida de qualquer conteúdo] assistindo aos enlatados [sempre os mesmos]. Hoje, o domingo [todo domingo] é dia de ir ao Shopping Center e, consumir, consumir, consumir... Depois voltar para casa, carregado [sempre] de embrulhos e sacolas, que dentro de pouco tempo irão diretamente para o lixo.
Não faz tanto tempo, o ato de sair para a rua era prazeroso, hoje é perigoso. O domingo era divertido, hoje é pervertido. Os adultos trocavam idéias, hoje se agridem, mata-se por dez reais, o sexo virou pornografia, pedofilia, verborragia. As crianças, outrora inocentes, viraram marginais, trocaram a pipa pelo revólver, trocaram as brincadeiras pelas drogas, pela alucinação de uma ilusão sem projetos, sem conteúdo, sem essência.
Os tempos modernos criam valores fictícios, o culto ao consumismo, ao supérfluo, ao descartável. Trabalha-se simplesmente para consumir, para manter a expansão e reprodução do capital. O trabalho perde a centralidade de justificar a existência humana para virar apenas alienação. As religiões se multiplicam em milhares, às vezes a diferença está na vírgula da bíblia. Vêem-se inúmeras pessoas que saem do culto, da missa ou de outra coisa que o valha, batendo no peito, com a consciência do dever cumprido. Mas, no dia a dia, são incapazes de um aperto de mão, de um sorriso, de uma simples palavra de conforto para seus semelhantes.
Os prazeres autênticos da vida, os projetos maiores de felicidade, de mundo, de vida, são substituídos pela hipocrisia, pela covardia, pela violência, pelo consumismo. Os valores éticos e morais foram soterrados pela ganância, pela corrupção, pelas maracutaias, pelo poder das elites conservadoras. Estes valores supérfluos, imorais tornaram-se letais, mortais: são a essência do conteúdo do mundo, “imundo”, onde vivemos.
Não faz tanto tempo, as pessoas costumavam sentar-se à tardinha no passeio de suas casas para um dedo de prosa, para falarem do dia a dia, ou, simplesmente, para curtirem um momento com a família ou com os amigos. Hoje, essas cenas, corriqueiras há alguns anos atrás, nem são cogitadas. Corre-se o risco de serem atropeladas, assaltadas, ou até mesmo assassinadas. Não faz tanto tempo, as crianças soltavam pipas nos lugares apropriados, brincavam de esconde-esconde, de amarelinha, de pique, dentre outras brincadeiras saudáveis. Elas corriam livres atrás de uma bola, sem se preocuparem com os problemas dos adultos. Hoje, elas ficam trancafiadas em seus quartos à frente de um computador, se relacionado, virtualmente, com pessoas irreais em espaços virtuais.
Não faz tanto tempo, crianças e adultos saíam juntos aos domingos para um piquenique, uma pescaria, ou simplesmente pelo puro prazer de passear, de curtir o bairro, a comunidade, a natureza. Hoje, os filhos saírem com os país é caretice. O mundo das crianças não pode ser compartilhado com os adultos. E aí, justifica-se: o mundo mudou, são os tempos modernos, é preciso se adaptar aos novos tempos. Não faz tanto tempo, o domingo era dia de curtir a vida, a família, os amigos, de colocar a prosa em dia, viajar para descansar o corpo e a mente. Hoje, o domingo é dia de ficar em frente à TV [desprovida de qualquer conteúdo] assistindo aos enlatados [sempre os mesmos]. Hoje, o domingo [todo domingo] é dia de ir ao Shopping Center e, consumir, consumir, consumir... Depois voltar para casa, carregado [sempre] de embrulhos e sacolas, que dentro de pouco tempo irão diretamente para o lixo.
Não faz tanto tempo, o ato de sair para a rua era prazeroso, hoje é perigoso. O domingo era divertido, hoje é pervertido. Os adultos trocavam idéias, hoje se agridem, mata-se por dez reais, o sexo virou pornografia, pedofilia, verborragia. As crianças, outrora inocentes, viraram marginais, trocaram a pipa pelo revólver, trocaram as brincadeiras pelas drogas, pela alucinação de uma ilusão sem projetos, sem conteúdo, sem essência.
Os tempos modernos criam valores fictícios, o culto ao consumismo, ao supérfluo, ao descartável. Trabalha-se simplesmente para consumir, para manter a expansão e reprodução do capital. O trabalho perde a centralidade de justificar a existência humana para virar apenas alienação. As religiões se multiplicam em milhares, às vezes a diferença está na vírgula da bíblia. Vêem-se inúmeras pessoas que saem do culto, da missa ou de outra coisa que o valha, batendo no peito, com a consciência do dever cumprido. Mas, no dia a dia, são incapazes de um aperto de mão, de um sorriso, de uma simples palavra de conforto para seus semelhantes.
Os prazeres autênticos da vida, os projetos maiores de felicidade, de mundo, de vida, são substituídos pela hipocrisia, pela covardia, pela violência, pelo consumismo. Os valores éticos e morais foram soterrados pela ganância, pela corrupção, pelas maracutaias, pelo poder das elites conservadoras. Estes valores supérfluos, imorais tornaram-se letais, mortais: são a essência do conteúdo do mundo, “imundo”, onde vivemos.
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