
Foto: epicentro e localização geográfica do terremoto.
Por Valter Machado da Fonseca
Há poucos dias atrás, a população mundial assistiu atônita, à tragédia decorrente do evento sísmico [terremoto] no Haiti. Foram milhares de mortos e desabrigados em toda a cidade de Porto Príncipe (capital do Haiti). A tragédia sísmica do Haiti, em que pesem os prejuízos econômicos e a quantidade de pessoas que pereceram, serviu para mostrar a realidade cruel que permeia a vida do povo haitiano. Serviu para que o mundo voltasse os olhos, pelo menos por um instante, para as mazelas causadas pela terrível desigualdade social que marca a vida do povo haitiano.
Há poucos dias atrás, a população mundial assistiu atônita, à tragédia decorrente do evento sísmico [terremoto] no Haiti. Foram milhares de mortos e desabrigados em toda a cidade de Porto Príncipe (capital do Haiti). A tragédia sísmica do Haiti, em que pesem os prejuízos econômicos e a quantidade de pessoas que pereceram, serviu para mostrar a realidade cruel que permeia a vida do povo haitiano. Serviu para que o mundo voltasse os olhos, pelo menos por um instante, para as mazelas causadas pela terrível desigualdade social que marca a vida do povo haitiano.
Hoje, a notícia do terremoto no Chile, traz à tona a discussão acerca das grandes catástrofes naturais. A situação do povo chileno é diferente do Haiti, porém, isso não minimiza o sofrimento de famílias inteiras que perderam seus entes queridos no evento sísmico desse dia 27/02/2010, no Chile.
1. O que ocasionou os eventos sísmicos nesses dois países?
No primeiro caso, no Haiti, o fenômeno sísmico se deveu à própria localização geográfica do Haiti, em especial da cidade de Porto Príncipe. Ela se situa numa região de instabilidade geológica, na borda da placa tectônica do Caribe. É uma zona de alta instabilidade devido a falhas e fraturas geológicas, situada na área de junção de duas placas tectônicas, propensa a grande quantidade de eventos sísmicos.
Já, o caso do Chile também envolve a localização geográfica do território chileno. O país situa-se nas costas do continente sul americano, próximo à Cordilheira dos Andes dando abertura para o Oceano Pacífico. Mas, o que realmente determina a quantidade de eventos sísmicos naquela porção do continente, é que a região pertence ao Círculo do Fogo do Pacífico, envolvida em uma grande variedade de atividades sísmicas e vulcânicas.
2. Mas, o que vem a ser o “Círculo do Fogo do Pacífico”, afinal?
Círculo do fogo é a nomenclatura dada à região submetida a intensas e frequentes atividades sísmicas e vulcânicas que circunda a região onde se situa a placa tectônica do Oceano Pacífico. Essa zona é circundada pela junção de várias outras placas tectônicas, como Nazca, Filipinas, de Cocos, Antártida, norte-americana e Indo-australiana, englobando, ainda uma pequena porção da borda da placa da Eurásia. As junções de todas essas placas originam movimentos tectônicos, que dão origem a intensas atividades de vulcanismo e terremotos.
3. Quais as regiões do planeta estão inseridas no “Círculo do fogo”?
Vários são os países localizados na zona do Anel ou Círculo do Fogo, dentre eles se destacam o Japão, norte da República Popular da China, Península da Coreia, Taiwan, Rússia ocidental, em especial as ilhas Curilas, costa sul do Alasca, costa oeste do Canadá e da América Central, Costa oeste da América do Sul [da Colômbia até o Chile], Indonésia, Malásia [ilha de Bornéu], Filipinas, Timor Leste, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Nova Zelândia e Tonga.
Podemos verificar, então, que uma quantidade significativa de países ou parte deles está inserida no Círculo do Fogo do Pacífico. O Círculo do Fogo é a porção do planeta onde ocorrem as maiores atividades vulcânicas e terremotos. Além da localização geográfica do Chile [localizado no Círculo do Fogo], seu território também se localiza na borda da placa tectônica da América do Sul, a qual participou, num passado geológico recente, de intensas atividades ligadas a eventos orogênicos [formação de cadeias de montanhas], como por exemplo, a formação da Cordilheira dos Andes.
Por fim, esses eventos sísmicos, como o ocorrido hoje no Chile, servem para mostrar, sobretudo, que o nosso planeta ainda não atingiu a estabilidade geológica [como defende uma parcela de cientistas], mas, ao contrário, as placas tectônicas estão em movimento contínuo. Esse movimento das placas tectônicas se alia às atividades decorrentes do núcleo da Terra, envolvendo material magmático, submetido a altíssimas temperaturas e pressões.
Assim, pode-se concluir que nenhuma região do planeta está a salvo de eventos advindos das forças da natureza. Portanto, mesmo os países nos quais as atividades sísmicas e vulcânicas estão estagnadas já há algum tempo, não estão a salvo dessas atividades, dentre eles o imenso território brasileiro, que sentiu, mesmo que em pequena dosagem, o gostinho do terremoto chileno.
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